Um sonho a se realizar!

Na verdade, as Bibliotecas são instrumentos de Paz, pois reúnem a juventude, de forma bem eficaz.
Quem frequenta uma biblioteca, muda de opinião, aprende e se satisfaz.
O projeto Biblioteca, tem essa finalidade: trabalhar para construir, uma nova sociedade, como cidadãos
conscientes, mais finos, mais eloquentes, com mais força e mais vontade.

As bibliotecas na verdade, promovem mudança e, com isso,
a juventude enaltece, dando apoio e confiança, pois a boa educação, começa com a atenção que damos as crianças.

Viva pois a BIBLIOTECA, um Projeto que está modificando a nossa comunidade, porque só a educação
pode dar ao cidadão, CONSCIÊNCIA E LIBERDADE!


Por Valdek de Garanhuns - Poeta de Cordel



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Em verso e prosa

O casamento entre jornal e literatura garantiu a publicação de grandes escritores. É o que mostra o projeto “Periódicos Libertários”
Cristina Romanelli

Depois de ir ao interior da Bahia e registrar em detalhes todos os acontecimentos da Guerra de Canudos (1896-1897), Euclides da Cunha publicou o material no jornal O Estado de S. Paulo. Em 1902, seus textos foram transformados no livro Os Sertões, e ele se tornou um dos principais exemplos de escritores que iniciaram a carreira em um periódico. Na mesma trilha podem ser encontrados muitos autores brasileiros, como Machado de Assis (1839-1908), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e José de Alencar (1829-1877). Essa relação entre jornalismo e literatura vem sendo investigada desde 2006 por pesquisadores e técnicos da Fundação Biblioteca Nacional. O projeto “Periódicos Literários: publicações efêmeras, memória permanente” ganhou este ano um site (www.bndigital.bn.br/projetos/periodicosliterarios), onde está a biografia de quase cinquenta autores e a descrição de vinte e três periódicos.

Segundo Irineu Corrêa, pesquisador da BN, os periódicos tiveram um papel muito importante no estabelecimento do mercado de romances no século XIX. A primeira versão das obras, chamada folhetim, muitas vezes era publicada em jornais. O autor ouvia a opinião dos leitores e depois lançava a versão em livro. “A imprensa influenciou o hábito da leitura. Isso sem pensar nas revistas especializadas, como Kosmos, Renascença e Nictheroy, que representavam certos grupos de literatos”, diz ele. A revista Floreal, por exemplo, lançada em 1907, foi quase toda editada e escrita pelo grupo de Lima Barreto (1881-1922). A BN possui dois dos quatro exemplares, que foram restaurados e agora estão no portal do projeto. (...)

Leia a matéria completa na edição de Dezembro, nas bancas ...


Fonte:Revista de História da Biblioteca Nacional

http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=3348

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Natal do Palácio Avenida em Curitiba

Nesta sexta-feira (17), às 20h30, começa a última semana de apresentações do Natal do HSBC 2010, que acontecem sempre neste horário até o dia 19 (domingo), em Curitiba. O espetáculo do Natal do HSBC deste ano está comemorando 20 anos com o tema “Unidos por um Feliz Natal”, que resgata e celebra a história do Coral.

Além da participação especial da atriz Isabela Garcia, o público em vários momentos é convidado a interagir e cantar com as crianças num clima de festa.


Como o Natal do HSBC deste ano destaca a união, outro tipo de vitrine digital possibilita uma maior interação do público tendo como foco este tema. O pedestre que se aproxima da vitrine pode colocar as mãos no local indicado e na tela um pinheiro digital se acende. Na vitrine há espaço para quatro mãos, assim quanto mais mãos forem usadas, mais forte fica a luz do pinheirinho.

Exposição “20 anos do Natal mais bonito do Brasil”

No Teatro HSBC acontece também uma mostra interativa composta por fotos, vídeos e documentários que fazem uma retrospectiva dos 20 anos do Natal no Palácio Avenida.

A exposição foi aberta ao público no dia 29 de novembro de 2010 e pode ser conferida até o dia 06 de janeiro de 2011, das 10h às 17h.

HSBC Educação

As 160 crianças que se apresentam no Natal do HSBC fazem parte de um grupo de 530, vindas de 11 casas lares de Curitiba e região, que são assistidas pelo Programa HSBC Educação durante o ano todo. Após dois anos de estudo e planejamento, em 2008, o Programa foi reformulado. As casas lares participaram da definição da proposta final levando em conta as suas principais demandas.

Seu principal objetivo é reduzir o tempo de permanência das crianças abrigadas nas instituições sociais. Todas as crianças têm direito a convivência familiar, por isso a proposta visa investir na capacitação dos gestores das organizações e dos técnicos (assistentes sociais, psicólogos, educadores e pais sociais), além de cuidar diretamente da criança, com apoio nas áreas de psicologia, pedagogia e saúde.

O programa possui atuação em três frentes: Crianças, Educadores (pais sociais, assistentes sociais e psicólogos) e Gestores das Casas Lares.

Sistemas de ensino vivem crise em todo o mundo, avalia especialista


Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgados esta semana, mostram que muitos países considerados referência em qualidade de educação não conseguiram melhorar o desempenho ou até mesmo pioraram – como o Reino Unido, a Holanda, França e Austrália. Para o especialista em educação e ex-representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil Jorge Werthein, os números mostram que “todos os países estão enfrentando uma crise em qualidade de educação”.

A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. Em 2009, participaram 65 países. O Brasil, apesar de ter melhorado seus resultados, ficou em 54° lugar. A média dos países-membros da organização ficou inalterada.

Na avaliação de Werthein, a falta do hábito da leitura é hoje um problema universal e tem impacto nesses resultados. “Os jovens de 15 anos não estão conseguindo ser atraídos pela leitura e a escola está lutando incessantemente contra isso”, avalia. O relatório do Pisa mostra que, em média, 41% dos alunos dos países da OCDE leem somente se for necessário. Um terço afirma que ler é um dos hobbies favoritos e quase um quarto diz que a atividade é “perda de tempo”. Em todos os países, com exceção do Cazaquistão, todos aqueles que gostam dessa atividade têm performance significativamente melhor em leitura.

O Pisa também investigou os tipos de textos que os alunos leem e aponta um crescimento da popularidade da leitura nos meios digitais como a internet. Em todos os países participantes, essa atividade está associada a melhores desempenhos em leitura, apesar de o impacto desse hábito na nota final não ser tão alto. Mas a parcela de estudantes que leem jornais e revistas por prazer caiu bruscamente, segundo o estudo.

“Isso levanta uma preocupação muito importante, as escolas precisam brigar e tentar melhorar a leitura, nenhuma sociedade pode ser democrática se não for letrada”, defende Werthein. Ele ressalta que é pequeno o número de alunos brasileiros que tiveram um bom desempenho em leitura e estão no nível 4 e 5 de proficiência, considerando uma escala de 1 a 5. Em média, os estudantes do país ficaram no nível 2, mas parte considerável ainda está no primeiro.

O coordenador de Educação da Unesco no Brasil, Paolo Fontani, avalia que quanto mais alto é o desempenho de um país, mais difícil é conseguir melhorar a nota. “É mais fácil crescer quando os patamares são mais baixos. Mas, ainda assim, países como a Polônia e Portugal tiveram uma melhora bastante forte sobretudo na camada de estudantes que tinham desempenho mais fraco. No Brasil foi o contrário: melhoraram aqueles que já estavam em níveis elevados e não houve avanço forte entre aqueles com baixa performance”, apontou.

Para Fontani, o Pisa deixa a lição de que sustentar a qualidade do ensino é uma tarefa complexa. “Qualquer sistema, se você não cuidar, ele vai cair, é como um prédio. A estrutura de um sistema educativo pode ser perfeita e de boa qualidade, mas, se não tiver manutenção ou não cuidar bastante, ele não funciona”, avalia.

Ele ressalta também que em alguns países os resultados podem ter sido afetados por fluxos migratórios, como na Inglaterra, que entre 2000 e 2009 perdeu 28 pontos na média das três disciplinas. “Os estudantes que têm uma língua materna diferente impactam o desempenho total.”

Werthein acredita que os países cujas médias caíram no Pisa devem ter uma forte reação para mudar o cenário. Foi o que ocorreu com a Alemanha, que depois de desempenhos considerados fracos subiu 23 pontos entre 2000 e 2009.

“Eles (países mais ricos) estão muito preocupados e para eles é inaceitável estar nessa posição. Nós exigimos ser sempre campeões de futebol, deveríamos ter essa mesma vontade para ser campeões internacionais em leitura, matemática e ciências”, compara Werthein.

Fonte: http://oserrano.com.br

Divulgando "Concurso Melhor Amigo!



Para homenagear as grandes e boas amizades e para estimular que todos leiam cada vez mais, O Livreiro criou o concurso Melhor Amigo que traz como prêmio o tão desejado tablet da apple.

Este concurso finalizará às 23h59m59s do dia 17 de janeiro de 2011.
Nele você concorre a 2 iPads, um pra você e outro para presentear seu melhor amigo, e ainda ajuda a escolher uma instituição para receber a doação de uma biblioteca infantil, fazendo parte da campanha doe um livro, a campanha que arrecadou mais de 180.000 livros em 2009. Ganha a instituição mais votada e assim você se tornará o melhor amigo de pessoinhas que ainda nem conhece. ;)

Curtiu?!

Siga os passos e garanta a sua participação:

1 - Cadastre-se no Livreiro / Faça login no Livreiro;

2 - Responda: "Qual a história inesquecível que você viveu com seu melhor amigo?"

3 - Convide seus amigos para participarem do concurso e ajudarem na escolha da instituição

4 - Vote na instituição para receber a biblioteca infantil

5 - Conclua sua participação e comece a torcer! :)

E para aumentar as suas chances divulgue* o concurso para seus amigos, o número de amigos que você trouxer para se cadastrar será o critério de desempate entre as melhores respostas! Afinal, amigo é para essas coisas! :)

Leia o regulamento aqui.
http://www.olivreiro.com.br/melhoramigo

Primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras e pioneira de uma estética nordestina, a cearense Rachel de Queiroz, nascida há 100 anos, te



Inédito há 82 anos, o livro de poemas Mandacaru, de Rachel de Queiroz, será finalmente lançado na quarta-feira durante a abertura das comemorações do centenário de nascimento da escritora cearense (17/11/1910-4/11/2003) pelo Instituto Moreira Salles (IMS) do Rio, que programou para a data uma série de eventos. Entre as atividades está a exposição Rachel de Queiroz Centenária, que tem curadoria do consultor literário da instituição, o poeta Eucanaã Ferraz.

A edição fac-símile dos dez poemas de Mandacaru (160 págs., R$ 36) é um marco: o livro deveria ter precedido o lançamento de sua obra mais conhecida, O Quinze (1930), com o qual mantém vínculos que não se restringem à temática do romance - a via-crúcis dos retirantes que tentam escapar da seca e da miséria. Mandacaru é uma espécie de carta de intenções de Rachel, que tentou com a poesia se aproximar dos modernistas paulistas em 1928, dois anos antes de o movimento ser declarado oficialmente morto por um de seus criadores, Mario de Andrade.

Organizadora da edição, Elvia Bezerra, do IMS, garante que só sobrou esse inédito entre os documentos do arquivo Rachel de Queiroz confiados à guarda da instituição, que totalizam 5 mil itens entre manuscritos, livros de anotações, fotos, periódicos, cartas e recortes de jornais. Um pequena parte deles estará na mostra do centro cultural carioca do Instituto, que destaca, entre outras peças, as aquarelas do romance O Galo de Ouro, publicado em forma de folhetim pela revista O Cruzeiro, entre setembro de 1950 e junho de 1951. Fazem parte ainda das comemorações a exibição do filme O Cangaceiro (quarta, às 16h), dirigido por Lima Barreto com diálogos de Rachel de Queiroz, uma conferência de Heloísa Buarque de Hollanda sobre a escritora (na mesma data, às 19h) e a leitura de sua peça A Beata Maria do Egito (dia 23, às 20h), com direção de Aderbal Freire-Filho.

Primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras, em 1977, a escritora também será homenageada pela instituição, que abre na quarta-feira a mostra Rachel de Queiroz - Atravessando o Século, em seu Centro Cultural. Lá estarão, entre outros livros, os três infantis publicados pela editora Saraiva: Andira, Cafute & Pena-de- Prata e O Menino Mágico. Duas outras obras infantis estão a caminho pela editora José Olympio, casa onde a escritora começou e terminou sua carreira.

Rachel teve a sorte de contar com uma amiga leal que guardou seus manuscritos, Alba Frota, inspiração para a personagem Maria José de As Três Marias. Chefe do Serviço de Documentação da Universidade Federal do Ceará, Alba, morta num acidente de avião em 1967, recebeu de Rachel os manuscritos de Mandacaru. A primeira notícia sobre o livro saiu no Correio do Ceará, em 1928, revelando que estava definido o lançamento, depois suspenso pela autora, que acabou publicando quatro dos dez poemas em revistas e jornais. Um dos manuscritos se perdeu e foi recuperado, o do poema Lampião, que a revista Cipó de Fogo publicou em seu único número, em 1931. Coube ao pesquisador Fábio Frohwein, do IMS, localizar o original que agora integra a edição de Mandacaru.

No prefácio, a autora se apresenta aos "Novos do Sul" como alguém que acredita no messianismo do movimento modernista paulistano e comunga do seu projeto de brasilidade, mostrando-se também disposta a tirar do Brasil a "velha e surrada casaca europeia" e fazê-lo vestir uma "roupa mais nossa, feita do algodão da terra". O título Mandacaru é justificado por ela como o signo da raça, que, isolado e de aparência inútil e agressiva, resiste à tortura da seca. Também a modernista Tarsila usou o mandacaru em sua tela mais famosa, o Abaporu, pintada no mesmo ano em que foi escrito o livro da cearense.

Como observa a coordenadora da edição, em Mandacaru já estão esboçados todos os temas de O Quinze, do êxodo nordestino à ascensão de Lampião. Talvez a escritora tivesse desistido de publicar Mandacaru em 1928 por estar insatisfeita com o gênero. "Ela devia estar tateando o estilo", diz, identificando na "prosa enxuta" de O Quinze uma desenvoltura que Rachel de Queiroz não demonstrava na poesia. "De qualquer modo, ela fala de emoções e de um cenário que conhecia bem", conclui Elvia.

Nesse cenário feudal, retratado pelos regionalistas nordestinos dos anos 1930, predominava a figura masculina do escritor e personagens de um mundo essencialmente viril de senhores de engenho e cangaceiros. Rachel foi a primeira mulher nordestina a penetrar nesse reduto de cabras-machos, elegendo já em seu primeiro livro de poemas personagens femininos fortes como dona Bárbara Pereira de Alencar (1764-1831), matriarca e heroína histórica que participou da Revolução Pernambucana de 1817 - e, nos anos 1990, guerreiras como Maria Moura. (Consta que, ao ler O Quinze, Graciliano Ramos teria desconfiado do nome impresso na capa, acreditando estar diante de um livro escrito por homem).

Segundo a editora Maria Amélia Mello, da José Olympio, Memorial de Maria Moura (1992) é até hoje um dos mais vendidos entre os 12 livros da escritora publicados pela casa, ao lado de O Quinze, sempre nas compras governamentais destinadas às escolas. Rachel esteve ligada à editora desde os anos 1930, tendo traduzido livros de Dostoievski e Balzac. "Ela passou 50 anos sem nenhum contrato assinado, fazendo da José Olympio seu endereço de correspondência quando morava na ilha do Governador", conta Maria Amélia, que acaba de lançar Não Me Deixes, livro com receitas e fotos da fazenda de mesmo nome pertencente à escritora.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/

Inaugurado pelo governo do Paraná, biblioteca e portal de informações ambientais


O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, e o presidente do Instituto das Águas do Paraná, inauguraram nesta quinta-feira (11) a biblioteca da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e lançaram o novo portal de informações ambientais do Governo do Estado e o novo site do Instituto das Águas do Paraná.

A biblioteca tem mais de 12 mil obras específicas sobre a área ambiental, livros, monografias, periódicos, fitas de vídeo, CDs, Estudos de Impacto Ambiental (EIAS), e Relatórios de Impacto Ambiental (EIARIMAS). O espaço conta com sala de estudo e internet e será aberto à população de segunda à sexta-feira.

O arquivo da biblioteca reúne todo o acervo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da antiga Superintendência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Surehma) e do extinto Instituto de Terras, Cartografia e Florestas (ITCF). O acervo conta com livros de variados temas relacionados à área ambiental, como aterros sanitários, aterros industriais, usinashidrelétricas, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), rodovias, estações de areia, linhas de transmissão, aproveitamento hidrelétrico, coprocessamento de resíduos, resíduos de serviços de saúde, usinas termelétricas, redes de gás natural, resíduos sólidos, cemitérios, barragens, lavras de ouro, entre outros.

Portal - Além da biblioteca, o secretário lançou o novo Portal de Meio Ambiente apresentado pela Secretaria e Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, com o objetivo de ser um site de referência em informação ambiental.

O sistema de informações ambientais foi totalmente reformulado, os conteúdos atualizados e a apresentação ganhou um formato mais moderno, facilitando o acesso do público.

No endereço www.sema.pr.gov.br o internauta encontrará todas as informações públicas relacionadas a recursos hídricos, resíduos sólidos, recursos atmosféricos, licenciamento, biodiversidade e florestas, Agenda 21, educação ambiental, entre outros temas importantes. Além disso, o portal da Sema dá acesso direto às páginas na internet das autarquias Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto das Águas e Instituto de Terras Cartografia e Geociências (ITCG).

Outra novidade está na maior interatividade do cidadão com os órgãos ambientais, por meio do “Fale Conosco”, twitter e ouvidoria.

Instituto das Águas - O novo site http://www.aguasparana.pr.gov.br/ é um marco da passagem da extinta Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento (Suderhsa) para o Instituto das Águas do Paraná. Com uma nova proposta visual e de navegação a página virtual vai representar as mudanças propostas pela nova autarquia da Sema e suas funções.

Estão à disposição no site para download o Plano Estadual de Recursos Hídricos e a Política de Recursos Hídricos do Paraná, assim como informações sobre os agentes do sistema composto pelas gerências regionais e pelos Comitês de Bacias Hidrográficas. Está previsto para o ano que vem o acesso a novos serviços, como o cadastro on-line da outorga e uma aplicação para o acesso a dados de hidrologia.
Fonte Internet

No meio do caminho...

Texto por Raquel Cozer
O Estado de S.Paulo


Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) costumava dizer que, se cometesse um crime, bastava sumir e reaparecer apenas dez anos depois, e então o crime estaria prescrito, mas que, em relação ao poema No Meio do Caminho, escrito em fins de 1924, podiam se passar 50 anos e ele nunca deixaria de ser julgado.

Tal noção o levou, ao longo de toda a vida, a recortar e guardar cada crítica, comentário e charge feitos sobre os versos "No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho...", publicados na Revista de Antropofagia, em 1928, e dois anos depois incluídos em seu livro de estreia, Alguma Poesia. O resultado desse esforço de compilação o poeta mineiro trouxe a público em 1967, ao lançar Uma Pedra no Meio do Caminho - Biografia de Um Poema. Era uma resposta irônica às vésperas dos 40 anos daquela primeira publicação - com isso, o escritor devolvia aos leitores a leitura que eles haviam feito de seu trabalho.

O livro que o Instituto Moreira Salles lança hoje, no Rio, em homenagem aos 80 anos de Alguma Poesia, é uma edição ampliada da Biografia de Um Poema. O trabalho ficou a cargo do poeta Eucanaã Ferraz, que contou com a ajuda de Drummond para a nova edição - mesmo depois de publicar a biografia, o poeta continuou, talvez por costume, a arquivar a fortuna crítica relativa a No Meio do Caminho - e incluiu, ao final, uma "biografia da biografia", com as resenhas sobre o título de 1967.

"Drummond guardou muita coisa que saiu sobre ele ao longo da vida, mas em pastas, por assunto ou pelo sobrenome do crítico", diz Ferraz, destacando a consciência do poeta, que trabalhou por muitos anos no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), sobre a importância da preservação da memória. "A diferença no que diz respeito a No Meio do Caminho é que ele arquivou tudo não sobre o livro que o continha, mas sobre aquele poema." Ferraz destaca ainda que, embora não tenha escrito uma única linha da biografia - o prefácio original ficou a cargo do português Arnaldo Saraiva -, Drummond fez sua própria leitura sobre as críticas ao separá-las em capítulos com títulos como Muita Gente Irritada, Das Incompreensões e Popularidade, Mesmo Negativa.

Crítica. O poema No Meio do Caminho não repercutiu ao sair na revista nem no livro de 1930. Neste segundo momento, lembra Ferraz, os versos foram eclipsados pelo Poema de Sete Faces, considerado à época sem pé nem cabeça. Foi em 1934, quando Drummond assumiu no Rio o cargo de chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação e Saúde Pública - posição-chave no ensino do País -, que os primeiros críticos usaram o poema da pedra contra o autor.

Considerados pobres e repetitivos ("O sr. Carlos Drummond é difícil. Por mais que esprema o cérebro, não sai nada. Vê uma pedra no meio do caminho e fica repetindo a coisa feito papagaio", escreve Gondin da Fonseca em 1938), rejeitados pelo "brasileirismo grosseiro, erro crasso de português" (conforme crítica da Folha da Manhã, em 1942, pelo uso do popular "tinha" no lugar do correto "havia"), os versos facilitaram a vida dos críticos do modernismo. Depois, passaram a receber exaltados elogios. A discussão incomodava o poeta, mas ele logo percebeu que graças a ela tinha um livro "sobre como uma obra de arte sai de seu universo e ganha dimensão social e cultural", como descreve Ferraz, entusiasta do poema. "Não adiantou Drummond dizer que isso não era digno de tanta atenção, tanto que 80 anos depois estamos falando sobre o tema. O poema desmentiu Drummond."

O POEMA

"No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

(No Meio do Caminho, poema de Carlos Drummond de Andrade publicado em 1928 na Revista de Antropofagia e incluído na antologia Alguma Poesia, de 1930)

A "inspiração" não vem para todos

A noção comum que se tem a respeito do escritor é que pessoas excepcionais, nascidas com o dom de escrever bem o belo, são periodicamente visitadas por uma espécie de iluminação das musas, ou do Espírito Santo, ou de um outro espírito propriamente dito – fenômeno a que se dá o nome de "inspiração". O escritor fica sendo assim uma espécie de agente ou médium, que apenas capta as inspirações sobre ele descidas, manipulando-as no papel graças ‘aquela' dom de nascimento que é a sua marca.

Pode ser que existam esses privilegiados – mas os que conheço são diferentes. Não há nada de súbito, nem de claro, nem de fácil. O processo todo é penoso e dolorido – e se pode comparar a alguma coisa, digamos que se parece muito com um processo fisiológico –, que se assemelha terrivelmente a uma gestação, cujo parto se arrastasse por muitos meses e até anos. Começa você sentindo vagamente que tem umas coisas para dizer ou uma história para contar. Ou, às vezes, ambas. Fica aquilo lá dentro, meio incômodo, meio inchado (na minha terra se diria como "uma dor incausada"), quando um belo dia a coisa dá para se mexer. Surgem frases já inteiras, surgem indefinições que, se você for ladino bastante, anota para depois aproveitar; mas se for o contumaz preguiçoso confia-as à memória e depois as esquece. Dentro da enxurrada de frases e de idéias aparecem, então, as pessoas. Surgem como desencarnados numa sessão espírita – timidamente, imprecisamente. São uma cabeça, um silhueta, uma voz. Neste ponto, com as frases, pensamentos e criaturas (e mormente com o cenário, embora ainda não se haja falado nele), nessa altura, a história já se está arrumando. Você sabe mais ou menos o que contar. Os autores meticulosos, nessa fase dos acontecimentos, já delinearem o que eles costumam chamar de "o plano de obras", ou seja, um esqueleto do enredo. Se é um romance, o esquema será mais amplo – os claros serão facilmente preenchíveis. A história corre a bem dizer por si. Mas se se trata de teatro, o esquema bem linear é imperioso: aquilo tem de ser como um pingue-pongue, ter um crescente constante, uma economia, uma nitidez...

E então chega um dos piores momentos nessa fase embrionária da obra por escrever. O autor enguiça. Falta-lhe imaginação para desenrolar o resto da história, falta a centelha necessária para criar a situação única, indispensável, climática, que será como a tônica do trabalho. E a gente fica numa irritabilidade característica, e numa pena enorme de Deus Nosso Senhor, que é obrigado a dirigir as histórias não apenas de um punhado de personagens mas os milhões de viventes que andam pelo mundo – e se concebe um respeito trêmulo pela divina capacidade de intenção, que tão pouco se repete e tão invariavelmente cria...

Talvez com autores de imaginação rica o fenômeno se passe diferente. É provável que eles, ao contrário de nós, os terra-a-terra, primeiro imaginem um enredo e depois, segundo as necessidades desse enredo, vão criando os personagens e os situando no tempo e no espaço. Aí a sensação criadora deve ser de plenitude e gratificação. Mas esses são os estrelos. A arraia miúda escrevente – ai de nós – é mesmo assim como eu disse: pena, padece e só então escreve.

Rachel de Queiroz

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Voluntários em Festa


5 de dezembro de 2010 é especialmente importante para o voluntariado mundial por dois motivos: além de ser Dia Internacional do Voluntário, marca o início das comemorações pelo décimo aniversário do Ano Internacional do Voluntário, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2001. Muitas instituições e voluntários de diversos países estão se mobilizando para promover eventos que energizem o espírito do voluntariado. Leia a matéria, aprenda mais sobre esta data e inspire-se. É hora de festejar!

Dia Internacional do Voluntário 2010
A edição de 2010 do Dia Internacional do Voluntário tem como foco os 8 Objetivos do Milênio, para que pessoas ao redor do mundo percebam a diferença que podem fazer no alcance destas metas. Criado em 17 de dezembro de 1985 pela Assembléia Geral das Nações Unidas, o DIV busca incentivar a participação voluntária globalmente e estimular que todos os setores da sociedade reconheçam a importância do voluntariado.

•Saiba mais sobre o Dia Internacional do Voluntário.
•Veja algumas ideias de como comemorar o DIV.
Décimo aniversário do Ano Internacional do Voluntário (AIV+10)
Em seu aniversário, comemorado em 2011, o Ano Internacional do Voluntário reforça os mesmos pilares estabelecidos há dez anos: articulação em rede, reconhecimento, facilitação e promoção do voluntariado em toda a sua diversidade. Com a celebração do décimo Ano Internacional do Voluntário (AIV+10), as Nações Unidas pretendem trazer diversos exemplos de voluntários, de diferentes classes sociais, faixas etárias, nacionalidades e experiências. Assim, a organização busca ressaltar que qualquer um pode ser voluntário e pode encontrar meios de colaborar.

“Um dos principais objetivos é mostrar que o voluntariado contribui com a paz e o desenvolvimento. O AIV+10 estimula as pessoas a serem cidadãs ativas em seus países, tomando responsabilidade pelo ambiente ao seu redor e por sua comunidade. O voluntariado tem um efeito positivo não somente nas comunidades, como na vida dos próprios voluntários, em suas capacidades e seu modo de ver a vida”, diz Simona Costanzo Sow, gerente de projetos do AIV+10, em entrevista para a instituição Innovations in Civic Participation (ICP).

Comemore!

•No Facebook, a comunidade Compartilhe sua História (Share the Story) está convidando pessoas de todo o mundo a discutir como alcançar os Objetivos do Milênio. No dia 4 de dezembro, a página exibirá, por 24h, um festival de filmes feitos por voluntários que trabalham com as Nações Unidas, a Cruz Vermelha e outras organizações.
•Acesse, no site do Programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV), eventos comemorativos que acontecerão em todo o mundo.
O DIV no Itaú Unibanco
E se é a chegada a hora de celebrar as contribuições de cada voluntário ao redor do mundo, não seria diferente no Itaú Unibanco. Comemorar esta data e dar visibilidade a nossas ações é uma forma de encorajar mais pessoas a se engajar e de lembrá-las que elas podem fazer toda a diferença.